terça-feira, 11 de junho de 2013

Sucessão na Agricultura Familiar

O tema é muito polêmico, poucos jovens o conhecem e grande parte das famílias tem coragem e maturidade para tratar deste assunto com antecedência. O fato é que existem dados comprovando que o nosso campo está envelhecendo, existem comunidades que não possuem mais jovens. Lá ficaram apenas os casais, pais, avós trabalhando com a agricultura. A Agricultura Familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos no Brasil e por 10% do PIB, ou seja, tem uma contribuição extremamente importante para o desenvolvimento do país.

Um movimento básico para a reprodução da Agricultura Familiar é a transmissão do patrimônio familiar, e isto é um processo tardio. Os agricultores tendem a retardar a transferência pra os filhos, o intuito é os pais manter sua autoridade no estabelecimento familiar o máximo de tempo possível. O que precisamos saber é quais os principais elementos que compõe o processo sucessório: quem ficará no estabelecimento paterno? Em que circunstâncias e como são compensados os herdeiros não sucessores? Qual o momento da sucessão? E a relação de rapazes e moças com o processo sucessório? Muitas vezes os pais já escolheram o sucessor, mas, na maioria das vezes, esta decisão ainda não foi discutida com todos os membros da família.

Fotografia: Jovani Puntel

O CEDEJOR vem discutindo este tema com os jovens rurais, seja através de encontros presenciais ou reuniões virtuais com outros jovens rurais. Este é um tema polêmico e esta sendo discutido através do Projeto Espaços de Juventude e Cidadania, apoiado pelo Instituto Oi Futuro. O tema exige que a questão seja enfrentada para que pais e filhos possam dialogar com maturidade e encontrar meios para que as pessoas, principalmente os filhos, os jovens rurais, possam vislumbrar perspectivas de desenvolver seus projetos de vida no campo.

Por EngªAgrª Edna Techi Loche
Coordenadora de Projetos no CEDEJOR CSP
ednaloch@cedejor.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário